Este blog, criado em janeiro de 2007, é dedicado à minha filha Flavia e sua luta pela vida. Flavia vive em coma vigil desde que, em 06 de janeiro de 1998, aos 10 anos de idade, teve seus cabelos sugados pelo sistema de sucção da piscina do prédio onde morávamos em Moema - São Paulo. O objetivo deste blog é alertar para o perigo existente nos ralos de piscinas e ser um meio de luta constante e incansável por uma Lei Federal a fim de tornar mais seguras as piscinas do Brasil.

Mais um acidente em piscina, mais uma morte anunciada

- 11 de novembro de 2014
"Corpo foi encontrado na piscina do hotel por uma hóspede
(Foto: Reprodução / RPC TV)"

Nesta segunda-feira, dia 10, uma menina de oito anos morreu afogada na piscina de um hotel no Paraná.

"Caso ocorreu na noite de segunda (10), em Dois Vizinhos, no sudoeste.
Criança, que morava na vizinhança, entrou pelos fundos, diz polícia.”

“Uma menina de oito anos morreu depois de se afogar na piscina de um hotel em Dois Vizinhos, no sudoeste do Paraná, na noite de segunda-feira (10). Segundo a polícia, a criança, que morava na vizinhança do estabelecimento, entrou provavelmente por uma cerca de alambrado nos fundos para chegar até o local. Ela foi encontrada por uma hóspede, já boiando, por volta das 21h.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado e a menina chegou a ser socorrida e encaminhada ao hospital, mas não resistiu....”

Continue lendo neste link do site do G1

Segundo foi noticiado, o acidente ainda está sendo investigado para saber quais teria sido as causas.
Sim, investigue-se. Os acidentes em piscinas podem ocorrer por falta de vigilância para com a criança ou por negligência do local responsável pela administração da piscina. Constatada a negligência os responsáveis pela administração da piscina devem ser legalmente responsabilizados e severamente punidos. Nada compensa uma tragédia com um filho, mas punidos, locais e administradores ficarão mais atentos às suas responsabilidades de zelarem pela segurança de suas piscinas, e isso inclui o acesso a elas. 

É óbvio que os  pais têm o  dever de vigilância de seus filhos pequenos. Assim como  os administradores de piscinas têm o dever e a responsabilidade de zelar pela segurança das piscinas que administram, e isso inclui o acesso a elas. Uma coisa não exclui a outra, mas se complementam. 

Com a proximidade do verão,defendo a existência de campanhas de conscientização do  perigo que representam as piscinas do Brasil, funcionando sem os devidos cuidados com a segurança. Campanha essa direcionada tanto para os administradores de piscinas quanto para seus usuários. Cada um fazendo a sua parte os acidentes  em piscinas iriam diminuir, certamente. 



Segurança nas Piscinas. A Lei Federal aguarda (ainda) tramitação no Senado

- 3 de novembro de 2014
Vistoria e manutenção feita na tampa antiaprisionamento FSB, de fabricação da empresa Sodramar. O mergulhador da foto é da empresa Stillus Piscinas, empresa especializada em serviços Sub Aquáticos.

A manutenção da tampa antiaprisionamento e de qualquer outro dispositivo de segurança da piscina deve ser feita sempre que se fizer necessário e no mínimo uma vez por ano, por empresa especializada que deixará no local um laudo e se responsabilizando pelo trabalho realizado.

A aprovação da Lei Federal para Segurança nas Piscinas está demorando, infelizmente. Mas o verão não demora a chegar. Estamos a dois meses de janeiro, quando faz muito calor no Brasil e as piscinas ficam lotadas. Antecipe-se à Lei e torne sua piscina mais segura. Alguns condomínios estão se antecipando e já instalaram em suas piscinas a Tampa FSB, existente hoje em pelo menos 50 mil piscinas brasileiras. Fonte: SODRAMAR. Esses condomínios estão corretos, porque se algum acidente ocorrer na piscina e for constatado negligência com a segurança, o local poderá ser legalmente responsabilizado.

Mas a Lei Federal para Segurança nas Piscinas que contém a obrigatoriedade das piscinas terem instalados tampas antiaprisionamento e outros dispositivos de segurança é algo que precisamos ver acontecer em nosso país e por isso, apesar de toda a demora na aprovação dessa Lei e da dificuldade de acesso aos senhores de Brasília, não se pode desistir de uma Lei que vai tornar as piscinas de nosso país mais seguras e com isso evitar mais tragédias como a que aconteceu com minha filha Flavia que por ter seus cabelos sugados por um ralo de piscina, se afogou e vive em coma vigil há quase 17 anos.

Por enquanto, continuamos aguardando que o Senado dê atenção ao Projeto 1162/2007 que trata da Segurança nas Piscinas, projeto esse, devidamente atualizado com as novas tecnologias, como por exemplo, os dispositivos de segurança que evitam a sucção dos ralos como tampas antiaprisionamento, sistemas de liberação de vácuo e os portões autotravantes. O projeto teve sua atualização feita em 2011 quando estivemos em Brasília, reunidos com o relator da Lei, o Deputado Federal Darcisio Perondi. Hoje o Projeto de Segurança nas Piscinas aguarda tramitação no Senado, após ter sido, em 2014, aprovado por três importantes comissões: CSSF – Comissão de Seguridade Social e Família, CDU – Comissão de Desenvolvimento Urbano e Câmara dos Deputados.

Há dois dias fiz contato  com Brasília e me foi dito que o projeto da Lei Federal para Segurança nas Piscinas continua no Senado e não teve alterações mas que será feito um requerimento de urgência e que se tentará apreciar diretamente a votação em plenário.

Passada a euforia da copa do mundo, passada a ansiedade pelo resultado das eleições minha expectativa é de os senhores de Brasília, se conscientizem de quão grave é a falta de segurança nas piscinas do Brasil, e tratem com a necessária urgência a aprovação da Lei Federal de Segurança nas Piscinas, a fim de evitar os terríveis acidentes que temos visto acontecer em diferentes estados do Brasil, vitimando principalmente crianças.

Obrigada pela atenção de vocês e até o próximo post.

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